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Zen-Soto

O Zen tomou forma no sec. VI como técnica de meditação. A palavra Zen é japonesa, deriva da palavra ch'an chinesa, que por sua vez deriva da palavra Djana em sânscrito. De meados do sec. VI a meados do sec. V antes da nossa era, Buda ensina o Dharma aos seus discípulos. A partir do sec. I e através de concílios e diferentes interpretações, aparece entre outras a escola Mahayana (grande veículo) que aspira à iluminação para levar ao Bem a todos os seres.

 

A escola  Dhyãna (Djana) estende-se por toda a Ásia. O Zen tem a sua raiz na experiência da iluminação de Buda Shakyamuni sob a árvore de Bodhi. Este espírito foi transmitido de Mestre a discípulo através dos tempos. Bodhidharma introduziu o Zen na China no principio do sec. VI. No sec. XIII o monge japonês Dôgen foi à China à procura do verdadeiro caminho  de Buda.  [O ensino do Budismo originário de Buda Shakyamuni, foi transmitido por Mahakashyapa, Ananda, Nagarjuna e Bodhidharma o 28º dos Patriarcas Budistas, que foi o grande pioneiro da Escola Dhyãna (Djana), tendo saído da Índia por mar e chegado a Cantão entre os anos A.D. 520 a 527.  sendo chamado de o verdadeiro Zen], retornando depois ao Japão.

Em 1880 nasce Kodo Sawaki, que aos dezasseis anos entra no templo Eihei-ji. Quando já adulto, retirou-se para uma ermida abandonada para praticar zazen. Teve inúmeros discípulos que mais uma vez disseminaram o Zen sem formalismo desde as grandes cidades, às aldeias de pescadores, das universidades às prisões. Um dos discípulos de Kodo Sawaki foi Taisen Deshimaru. Chamavam-lhe no Japão o “Bodhidharma dos tempos modernos”.

 

Taisen Deshimaru nasceu em 1914 e deixou este mundo em 1982. Em 1965 foi ordenado monge e, a pedido do seu Mestre Kôdo Sawaki trouxe o ensinamento de Buda para o Ocidente. Em 1967 chega a Paris. Em França e praticamente em toda a Europa e resto do mundo funda numerosos Dojos e grupos de Zazen.

Em Portugal Mestre Taisen Deshimaru , ensinou nos anos 1971 e 1972 a convite de Mestre Georges Stobaerst. Não só ensinava nos dojos como traduziu, explicou e publicou os textos fundamentais do Zen: Shin jin mei, Hokyo Zanmai e Shodoka, além de outros. Fundou o primeiro grande templo Zen no Ocidente, a Gendronniere, perto de Blois na França.

 

Hoje em dia, os seus mais próximos discípulos, espalhados pelo mundo, transmitem a essência do Zen e os ensinamentos de Buda entre eles Raphael Triet, Mestre do Dojo Zen de Lisboa.

O Zen permite o acesso directo ao conhecimento de si próprio, para lá dos sistemas, dos valores das nações e das raças. É uma revolução interior. É reencontrar as raízes e penetrar a realidade da vida.

 

Respirar, andar, dormir, comer, trabalhar, pensar, viver em harmonia com os outros em com aquilo que nos rodeia, é o espírito da vida, do caminho que nos foi legado por Buda Shakyamuni.

 

É o essencial e o equilíbrio da nossa vida. O Zen consiste essencialmente na prática do zazen.

 

Zazen não é somente um exercício espiritual, mas a realização da sabedoria pelo corpo, que revela algo de comum a todos os seres humanos. A calma e a harmonia ajudam o discípulo Zen. O silêncio também.

O Mestre Dôgen dizia: “No teu próprio coração aí mesmo é a tua sala de exercício”. A maior parte das pessoas pensam incessantemente no passado ou no futuro. Assim a vida nunca é vivida plenamente. O viver é aqui e agora. Passado e futuro não tem existência.

Fonte:Dr.Ana Vaz e Eng.Manuel Pinto Pereira

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